Miramax é vendida pela Disney

Walt Disney vende estúdios Miramax para grupo de investidores.

Soraia Alves

Segundo informações do The Hollywood Reporter, a Walt Disney fechou ontem (03/12) a venda dos estúdios Miramax Films para o grupo de investidores Filmyard Holdings LLC, que tem como principal investidor Ronald Tutor, um milionário da área da construção. O negócio foi fechado por US$660 milhões, cerca de 1 bilhão de reais.

Os novos donos do estúdio têm também o direito de exploração de todas as produções já feitas pela Miramax, o que significa mais de 600 filmes como Pulp Fiction, de Quentin Tarantino, Chicago, de Rob Marshall e Shakespeare Apaixonado, de John Madden, só para ficar em alguns títulos. Representantes da Filmyard já se reuniram com o Google para uma possível parceria. A intenção da empresa é disponibilizar seus filmes para serem exibidos pelo Youtube.

As negociações de venda dos estúdios Miramax já não eram novidade, o problema era achar um comprador que desembolsasse tanto dinheiro. A Miramax foi comprada pela Disney em 1993, por cerca de US$80 milhões, quando ainda era uma empresa independente. A primeira produção que ajudou a chamar a atenção da mídia para os estúdios foi o filme O Paciente Inglês, de 1996.

Os novos diretores têm como meta aumentar os lucros da empresa, que caíram nos últimos anos, e para isso pretendem investir em formas alternativas de lucrar com os filmes que já possuem em seu currículo, ao invés de investirem em novas produções.

 

 

Rapunzel, Rapunzel…

Nova animação da Disney traz Rapunzel moderninha

Soraia Alves

Na última quarta-feira, estreiou nos Estados Unidos a nova animação dos estúdios Disney: Tangled. No Brasil, o filme ganhou o título de Enrolados, e tem estreia prevista para 11 de janeiro de 2011, data em que a criançada está toda em férias e as sessões vespertinas nos cinemas são dedicadas a esse público infantil.

Enrolados traz a clássica personagem Rapunzel, que no filme está bem diferente daquela vista no conto dos irmãos Grimm. Ela continua loura e linda, mas não se parece em nada com a pobre princesa que vive à espera do princípe que irá salvá-la. De fato, como na clássica história, Rapunzel é vítima de uma bruxa má, que a prende em uma torre altíssima, mas a história da Disney foca mais na aventura romântica da moça com o bonitão-cafajeste Flynn Rider. Ele é o maior ladrão do reino, mas irrestível e, na verdade, é um bom rapaz com uma leve síndrome de Robin Hood, talvez.

Rapunzel não se deixa levar pela presença do rapaz, que sobe até sua torre para se esconder de seus perseguidores. Ela o faz de refém dentro da torre e a condição para libertá-lo é simples: O moço deve levá-la junto. A partir daí começam as aventuras do casal, e o romance praticamente inevitável.

A entrada de um personagem masculino (que no conto original já existia mas com menor signficância) é uma tentativa da Disney de juntar duas alas da empresa: os contos de fadas e a nova temática de animações engraçadas que fizeram tanto sucesso –  vide Shrek. Enrolados não é uma história de princesa que só interessa às meninas, é uma comédia que divertirá toda a família, e é exatamente isso o que os estúdios Disney querem, já que o último filme com temática de princesa, A Princesa e o Sapo, não rendeu os lucros que os estúdios imaginaram.

Deixando de lado todo o marketing que envolve as produções cinematográficas, a proposta de Enrolados é juntar elementos clássicos e contemporâneos. A nova Rapunzel mostra a essência da mulher moderna: independente e sem medo de enfrentar o que vem pela frente, sempre com o bom-humor que ajuda a deixar qualquer situação mais leve.

O filme tem boa trilha sonora, feita por Alan Menken, que também produziu as trilhas de filme como A Pequena Sereia, A Bela e a Fera, Pocahontas, entre outros. Enrolados já está na lista de pré-indicados ao Oscar de melhor animação do ano que vem, resta saber se a mistura proposta pela Dinsey vai agradar ao público.

Abaixo, o trailer do filme.