A incrível história de vampiros portugueses no Brasil

Eles chegaram ao Brasil antes de Edward e Bella e não vieram a passeio – conheça Os Sete, um dos maiores sucessos de André Vianco

Sete vampiros portugueses estão soltos no Brasil. E agora?

Os Sete (Editora Novo Século, André Vianco) conta a história de um galeão português encontrado na costa gaúcha pelos amigos Tiago, César e Olavo. No navio são encontradas imagens católicas, moedas de bronze e uma estranha caixa de prata. Curiosos e acreditando ter encontrado um valioso tesouro, os jovens fazem um acordo com a Universidade Soares de Porto Alegre, onde Eliana, uma amiga de infância, cursa História. O que os amigos não esperavam era que a caixa de prata cheia de inscrições assustadoras revelasse sete cadáveres. Esperavam menos ainda que estes cadáveres fossem poderosos vampiros portugueses adormecidos. É com o despertar de Inverno, também conhecido como Guilherme, que tudo se inicia.

Em seu primeiro best-seller, André Vianco mostra seu conhecimento sobre vampiros e sua habilidade em prender o leitor capítulo a capítulo. O mais intrigante é notar como as personagens se encaixam em nosso cenário tropical sem perder o charme e o horror característicos dos vampiros na literatura, além da narrativa não parecer absurda ou ridícula.

Misturando cenas de suspense, ação e terror, além de muitas mortes, o autor nos apresenta um enredo bem amarrado e instigante. Ainda que pitadas de humor e romance apareçam vez ou outra, nunca tiram o foco do tema central. Vale dar uma atenção especial à reação dos vampiros que se deparam com um mundo novo, recheado de produtos tecnológicos impensáveis na época em que foram presos.

Vianco mostra que é possível transportar vampiros do século XVI para um Brasil em pleno século XXI. Influenciado por diversos autores, sua história não deixa nada a desejar em relação aos livros estrangeiros que tratam do mesmo assunto. O tema pode parecer batido, mas André Vianco consegue transformá-lo em algo novo e surpreendente. Não é a toa que os livros que completam a trilogia iniciada em Os Sete também são fenômenos de venda no país.

Autor: André Vianco

Editora: Novo Século

Onde encontrar: sites de compras e livrarias de todo o país

Preço: de R$9,90 (promoções ocasionais) a R$39,90

Gênero: literatura nacional, suspense e terror

Número de páginas: 380

Nicholas Sparks na lista dos livros mais vendidos

Na lista dos 20 livros mais vendidos publicada esta semana pelo Veja.com , o nome de Nicholas Sparks aparece quatro vezes. Seus livros, “Querido John”, “Diário de uma Paixão”, “A última música” e “O Milagre”, estão há várias semanas na lista.  Mas quem é esse autor? Por que os livros dele estão entre os mais vendidos?

Nicholas Sparks vive na Carolina do Norte, Estados Unidos. Seus romances estiveram em primeiro lugar na lista do New York Times e na lista de vários países, como o caso do Brasil. É um dos autores com maior número de livros adaptados para o cinema.

Seis de seus livros se tornaram filmes, como o famoso “Um amor para recordar”, “Querido John”, “A última música”, “Noites de tormenta”, “Uma carta de amor” e “Diário de uma paixão” e é o único autor a emplacar, por mais de um ano, romances na lista dos mais vendidos.

Suas obras, com as incríveis histórias de amor, têm atraído um grande público de jovens, adolescentes e até adultos. Ficou famoso após escrever em 1996 “Uma carta de Noah”, adaptado para o cinema como “Diário de uma paixão”. Sparks passou de um representante farmacêutico a um milionário e o seu segundo livro “Uma carta de amor”, fez Sparks se superar. Adaptado no cinema com Kevin Costner,  começa a era de adaptações de suas obras.

Certamente, duas adaptações para o cinema ficaram para a história de filmes de romances: “Diário de uma paixão” e “Um amor para recordar”.

Atualmente, os dois últimos sucessos de Sparks (“Querido John” e “A última música”) adaptados para o cinema, não foram muito bem aceitos pela crítica. “A última música”, estrelado por Miley Cyrus, foi muito criticado pela atuação da atriz. Segundo os críticos, a atriz deixou a desejar na interpretação. Já em “Querido John”, as críticas relataram o filme como mais um na fila de filmes “água com açúcar”.

Nicholas Sparks não pára por aqui. Está previsto uma nova adaptação para o cinema de sua obra “Um homem com sorte”. O ator de High School Music e 17 outra vez, Zac Efron, terá o papel principal.  A história é de um fuzileiro naval que sobrevive a três incursões no Iraque. Ele atribui a sorte a uma fotografia que carregava de uma mulher que ele nunca conheceu. Ao voltar para a Carolina do Norte, ele decide ir à procura da mulher que foi sua sorte.

75 anos sem o enigma Fernando Pessoa

O grande poeta da Língua Portuguesa morreu há 75 anos e ainda é considerado um enigma para muitos críticos.

Paola Patriarca

Nessa terça feira fez 75 anos da morte do inventor português de poesias, Fernando Pessoa. Comparado por muitos críticos com Luis Camões, Fernando Pessoa morreu aos 47 anos e é considerado  um dos maiores poetas da Língua Portuguesa e até mesmo um dos maiores artistas, no plano internacional, do século XX.

Fernando Pessoa escreveu sua vida inteira, dedicou-se inteiramente para literatura. Seu primeiro poema foi aos sete anos e como ele mesmo afirma, “Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm….não é o caso da literatura. Essa simula a vida.” O poeta dizia que um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega.

O fato de Fernando Pessoa criar vários heterônimos e cada um realizar obras tão distintas é umas das características que mais intrigam os críticos. Alguns afirmam que Fernando Pessoa não criou seus heterônimos como Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Rafael Campos e Bernardo Soares, mas estes são as outras personalidades, pensamentos e estilos distintos do próprio Fernando Pessoa. Segundo o crítico Frederico Barbosa, Fernando é o “enigma em pessoa”.

Para prestigiar o genial poeta em seu aniversário de morte, foi exibido no Teatro Nacional São Carlos em Lisboa, o “Filme do Desassossego”, de João Botelho. Uma interpretação da obra de Fernando Pessoa, escrita pelo seu heterônimo Bernardo Soares.

“O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.”

 

Uma nova “empeitada”

Fotógrafo americano lança livro com imagens de seios em 3D

Soraia Alves

Que tal ir a uma livraria e sair com um livro sobre peitos? Não, não se trata de comprar uma revista Playboy, mas um livro de 86 páginas, capa dura, e com direito a um óculos 3D. Graças ao fotógrafo americano Henry Hargreaves, os interessados já podem comemorar e se preparar para a compra dos sonhos.

Lançado no final do mês de novembro, 3DD: A 3-D Celebration Of Breasts reúne fotos tiradas por Henry ao longo de sua carreira. Modelos, amigas e conhecidas foram clicadas pelo fotógrafo, sempre com os rostos escondidos, afinal o foco do projeto não é saber quem são aquelas mulheres, e sim o qual belas são as mulheres reais. Seios naturais, mulheres com corpos e formas diferentes, singulares, todas clicadas com a mesma sensualidade e a mesma beleza de qualquer superstar. O lançamento aconteceu na livraria nova-iorquina Bookmarc, cujo dono é ninguém menos que Marc Jacobs.

No site do livro, o autor tenta explicar um pouco de suas ideias e o que o levou a editar um livro com esse tema, e termina dizendo: “mas tudo isso seria complicar algo que pode ser dito em quatro palavras – Peitos em 3-D. Divirta-se!”. O site ainda traz um blog, um tipo de marketing do livro que mostra propagandas do material, veículos de comunicação que abordaram seu lançamento, e claro, mais peitos.

No Brasil, o livro ainda não chegou às livrarias, mas pode ser adquirido através do site Amazon.com. Aos interessados, sigam as instruções do autor: Divirtam-se!

Brás Cubas Buarquiano

Paola Patriarca

Não se trata de um ator de Hollywood e tão pouco de astro do Rock’n Roll. Trata-se de um epilético, gago e de infância humilde, mas um gênio da literatura. Uns dizem que foi o marco do realismo brasileiro, outros afirmam que este genial ser começou o pré-modernismo. Joaquim Maria Machado de Assis: cronista, escritor, jornalista e poeta, o nosso Machado de Assis, ainda vive entre nós brasileiros. Suas obras são marco para a literatura brasileira e ainda são influentes para muitos escritores.

Machado de Assis é exemplo de determinação e de um brasileiro que conseguiu conquistar um espaço na sociedade intelectual através do dom da escrita e da determinação de alcançar seu objetivo. Ele mostra o Brasil de forma cativante através do humor negro, como os críticos da literatura  definem, e ironicamente revela como encontra a sociedade brasileira. Em seus livros, muitos temas realistas são abordados, como os sociais que ainda podemos discutir no século XXI. Mas por que falar de Machado de Assis?

Ao ler recentemente que Chico Buarque ganhou o Prêmio Telecom de Literatura com “Leite Derramado”, percebi que o nome de Machado de Assis estava nas entrelinhas. O livro de Chico Buarque traz uma lembrança do ar machadiano. O protagonista de “Leite Derramado”, não fez dedicatória ao verme que roeu as frias carnes de seu cadáver, mas realiza o ato memorialista que o ilustre personagem de Machado, o Brás Cubas, faz em “Memórias Póstumas de Brás Cubas”.

O protagonista de Chico Buarque não está morto, porém encontra-se no leito de um hospital e através do ato de contar sua história, traz a história de dois séculos do Brasil. É notória a influência de Machado de Assis na obra de Chico, além do mais, “Leite Derramado” traz também um ar realista do Brasil, mostrando a decadência econômica e social.

Entretanto, em plena geração alfa, denominação que muitos críticos abordam, falar sobre literatura clássica é como não deixar perder o que o Brasil tem de melhor em sua cultura. Grandes nomes da Literatura não devem ser lembrados por adolescentes e jovens só porque a escola ou o vestibular os obrigam a lê-los, mas porque os cativam e os despertam para o mundo literário clássico.

Sei que Chico Buarque é um homem intelectual e também é um grande nome para a música brasileira, mas que bom que ainda temos alguém que possa realizar obras literárias que tenham influências em autores clássicos de nossa literatura.