Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1

Poster dos filme com Harry (Daniel Radcliff) e Hermione (Emma Watson).

O primeiro final de semana de Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1 acabou e o montante arrecadado só nesse período foi de U$ 330 milhões!

Para quem não sabe (embora todo mundo já deva saber) o filme é baseado no último livro da série de sete, escrito pela britânica J.K. Rowling. Ou pelos menos em metade dele, já que o conteúdo do livro foi divido para ser transformado em dois filmes. Mas isso você também já sabe, certo?
Ok, então você já sabe tudo o que se tem pra saber sobre o filme, mas ainda não assistiu. Ou assistiu e quer saber a opinião alheia sobre o mesmo. Vamos lá!

Pra começar, só assistindo o filme é possível reparar no número de possibilidades que a divisão ofereceu ao roteirista do longa, Steven Kloves, e ao diretor, David Yates. A possibilidade mais empolgante foi a de fazer um filme dedicado aos fãs assíduos da série. E eles aproveitaram dessa possibilidade! Se você for ver o filme, vai, pela primeira vez em um filme da saga, poder ver todas aquelas cenas que, mesmo às vezes sendo pequenas, você já lia imaginando como seriam na versão cinematográfica. Ah, sim, o sétimo filme é um retrato fiel do livro, ou pelo menos o mais fiel dos sete.
A discussão sobre a questão de fidelidade ao livro não é de hoje e não é exclusividade do nosso amigo Harry, mas se tornou polêmica com a série já que os fãs mais assíduos parecem desconsiderar que a linguagem literária é diferente da linguagem cinematográfica. Em outras palavras, meu caro pottermaníaco, fazer um filme de um livro não é só sair gravando cena após cena usando o texto do livro como roteiro. É, não é tão fácil assim.
Mas a Warner claramente quis evitar essa discussão, eles fizeram um filme que vai deixar os fãs do bruxo totalmente satisfeitos. Pelo menos eu saí satisfeito do cinema.
Basicamente todas as cenas estão ali: os sete Potters (e a fidelidade da morte de Edwiges é grande: tão súbita e patética como no livro), o casamento de Gui, a estadia no Largo Grimmauld, o roubo do medalhão, a fuga para as florestas e paisagens que eles visitam,  Godric’s Hollow e a visita a Batilda, a casa da Luna, a cena da espada no lago, a Mansão Malfoy e, bem, as cenas finais que não vou contar quais são.

Enfim, em termos técnicos eu gostei muito do filme: os efeitos especiais são muito bons e a fotografia escura é excelente, deixando transparecer no filme o clima dos tempos sombrios que eles estão enfrentando. Aliás, meus

Harry (Daniel Radcliff), Rony (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson) chegam à Mansão Black.

parabéns a todo o elenco e ao diretor David Yates que conseguiram passar com perfeição o clima de guerra e terror que é contado no livro. O abatimento e sofrimento dos personagens com a guerra é muito real e palpável, mostrando logo de cara do que se trata o filme e deixando claro o clima de “o fim se aproxima”. Só faltou, na minha opinião, um pouco mais de violência. O livro não se fez de rogado na hora de contar sobre mortes, ataques e ferimentos. O filme, na tentativa de não aumentar muito a classificação etária, é bem eufêmico no que diz respeito a essas partes. Na cena da Batilda, por exemplo, ela vira a cobra Nagini, enquanto no livro a cabeça dela cai e a cobra sai do pescoço dela.

Enfim, é apenas uma observação.

A última salva de palmas vai para o elenco. O trio protagonista, principalmente, que ao invés de interpretarem, se tornaram seus personagens, conhecendo-os como ninguém. Daniel Radcliff, Rupert Grint e Emma Watson se eternizam como Harry, Rony e Hermione. Emma Watson, principalmente, dá um verdadeiro show de atuação ao incorporar Hermione Granger.

Enfim, o filme é sensacional, vale cada centavo do seu ingresso e promete agradar a gregos e troianos. Ou eu deveria dizer bruxos, trouxas e mestiços?

Por Lucas Esteves