Entrevista com o ator Pedro Garcia Netto

Apaixonado por atuar, dedicado ao trabalho e talentoso, o ator bauruense Pedro Garcia Netto, de 33 anos, está cada vez mais crescendo em sua carreira artística. Aos 20 anos, estreou na Rede Globo com a série  Caça Talentos ao lado de Angélica em 1996.  Participou das telenovelas Filhas da Mãe, Cobras e Lagartos, Eterna Magia, Ciranda de Pedra, Caras e Bocas e seu último trabalho foi em Insensato Coração. Além disso, atuou nas minisséries JK e Casos e Acasos. Mas não é somente em televisão que Pedro trabalha, ele é bastante ativo no teatro e está atualmente com a peça Nem um dia se passa sem notícias suas, com seu tio Edson Celulari.  Pedro conversou com a #RT sobre sua profissão.

Quando descobriu e decidiu que a profissão que queria para sua vida era ser ator? Com quantos anos começou a atuar? 

Com  17 anos eu entrei num curso de teatro em Bauru com o professor Paulo Neves. Entrei apenas para ajudar com a minha timidez, mas depois comecei a me interessar de verdade. Eu ficava em dois turnos de aulas, ensaiava no lugar de um ator quando faltava e assim fui me envolvendo. Quando atuei pela primeira vez, que foi numa peça de poesias, em que eu declamava o “Navio Negreiro” de Castro Alves, senti uma emoção tão grande, uma sensação de adrenalina, poder, prazer, enfim, uma sensação muito forte. Naquele momento eu decidi que ia me dedicar e me profissionalizar nessa área.

Antes de seguir nessa profissão, havia pensando em outra?

O meu sonho de criança era ser piloto de carros. Tentamos ver como funcionava, mas era muito caro. Cheguei a pensar também em filosofia e jornalismo, mas estou feliz onde estou, com conquistas importantes no teatro e cheio de vontade de melhorar, de trabalhar e cheio de coragem.

Quais as principais dificuldades encontradas para quem quer ser ator?

Primeira constatação é de que é uma profissão que exige muito de nós. Essa história de celebridade, fotos e anúncios poucos vão desfrutar. A carreira é de dedicação, descobertas, de auto-análise e de lidar com seus limites. Você é o seu instrumento de trabalho, então tem que estar tudo funcionando muito bem, o seu corpo, sua mente e suas emoções. Além disso, temos o outro lado, que é o de se produzir, escolher o que quer dizer, pensar o que é relevante ser discutido, gerar trabalho, correr atrás de patrocínio, montar uma equipe e realizar um bom trabalho.

Pedro Garcia Netto na peça "Trindade"

Como surgiu a oportunidade de atuar na novela das oito e interpretar o Nando Brandão em Insensato Coração? O que mudou depois dessa participação na novela? 

O autor da novela, Gilberto Braga, assistiu a peça “Um certo Van Gogh”, peça que até foi para Bauru em 2008. O Gilberto gostou muito do meu trabalho, nos falamos depois da peça e foi só isso. Depois de um ano fui chamado para fazer a novela e foi a primeira vez que fui convidado, diferente de todos os meus outros trabalhos que foram através de testes. O que mudou foi o reconhecimento do grande público que assiste o horário nobre. A responsabilidade foi maior também, mas a luta continua.

Além de novelas, você atua bastante nos teatros. Atualmente está com a peça “Nem um dia se passa sem notícias suas” com seu tio, Edson Celulari. A peça tem um texto contemporâneo, marca da autora Daniela Pereira de Carvalho. Como tem sido a recepção da peça pelo público?

É a terceira peça que faço com a autora Daniela Pereira de Carvalho, que é uma autora de 33 anos, jovem e muito talentosa. Estou muito feliz com esse trabalho.Na peça, estou contracenando com meu tio, que me influenciou na escolha dessa profissão e que eu sempre admirei e é uma peça que fala de família, de sangue e de descendência. Um encontro especial, em que dois atores da mesma família estão o tempo todo em cena e onde duas gerações de atores se complementam. O público adora a peça, ri e se emociona. A peça trata de um universo masculino, da relação de dois irmãos e em outro momento, trata de pai e filho. Eu faço dois personagens, o irmão e o filho do Celulari. Estamos ansiosos para levar a peça para Bauru.

 Quais são os seus planos para o futuro na televisão? Alguma proposta?

Tenho muita vontade de continuar trabalhando na televisão, é um exercício maravilhoso e são desafios que me interessam. Estou agora com uma peça até julho de 2012 e devo voltar para a telinha no segundo semestre, mas não tenho certeza do que realmente vai acontecer. Nessa profissão nós tentamos nos programar, só que nem sempre é possível. Estou trabalhando há cinco anos sem férias e isso é muito bom. Antes de acabar a novela Insensato Coração já estava ensaiando a peça.

3% é fora de série

A série brasileira já está fazendo sucesso na internet e tem tudo para bombar fora dela

A série tem sido sucesso na internet desde a publicação do seu piloto

Você já conhece a série 3%? Não? Então você não sabe o que está perdendo, mas a RT explica para você!

A gente que é brasileiro e viciado em séries não tem muito para onde correr, não é? A produção nacional de séries ainda não decolou. Alguns acham que é porque o investimento e a dedicação das emissoras brasileiras não é suficiente. Outros acham que o motivo são os enredos quase exclusivamente de comédia, que não valorizam nenhuma história em particular. Mas o motivo mesmo não importa, o que importa é que os brasileiros podem começar a ter esperanças de ver essa realidade mudar.

A série 3% (3 porcento) foi criada e roteirizada por Pedro Aguilera e conta com os diretores Jotagá Crema, Dani Libardi e Diana Giannecchini, todos ex-alunos da ECA-USP (Escola de Comunicação e Artes da USP).

O piloto de 3% já está na internet e pode ser conferido ao fim da matéria. Esse primeiro episódio já foi suficiente para comprovar a qualidade da produção, direção e da própria trama. Confira abaixo o enredo da série.

A série acompanha a luta dos personagens para fazer parte dos 3% dos aprovados que irão para o Lado de Lá. A trama se passa em um mundo no qual todas as pessoas, ao completarem 20 anos, podem se inscrever em um processo seletivo. Apenas 3% dos inscritos são aprovados e serão aceitos em um mundo melhor, cheio de oportunidades e com a promessa de uma vida digna. O processo de seleção é cruel, composto por provas cheias de tensão e situações limites de estresse, medo e dilemas morais.

Júlia Ianina dá vida à Bruna, uma das personagens do seriado

O brasileiro ainda enxerga com algum preconceito as séries brasileiras, em especial as de produções independentes. 3% foi produzida através do edital FICTV (http://fictv.cultura.gov.br) e prova ter mais qualidade do que muita série e novela em emissoras brasileiras.

Segundo o criador da série, Pedro Aguilera, a ideia surgiu a partir dos vários tipos de seleção pelos quais o jovem brasileiro passa, como a dificuldade de entrar no mercado de trabalho. “Pensei em exagerar essa característica da nossa sociedade, criando esse processo único, cruel e intenso para os personagens enfrentarem”, ele declara.

Criar e produzir uma série não é um processo fácil, principalmente no caso de 3%, que é uma iniciativa independente. Aguilera explicou que precisaram criar um universo e seus personagens principais e pensar em como seria um episódio comum e que tipo de sensações deveria provocar no espectador. “Faz-se um projeto e pode-se tanto inscrevê-lo em editais, leis de incentivo, e fundos de investimento, como tentar uma parceria diretamente com emissoras”, completa Diana Giannecchini, diretora da série, sobre o processo de produção.

Dani Libardi explicou que as principais dificuldades foram achar a locação ideal e trabalhar, pela primeira vez, com um projeto e uma equipe tão grande.

Geraldo Rodrigues vive Rafael na trama de 3%

Por enquanto o status da série é: o pessoal da Maria Bonita Filmes e da Nation Filmes, produtoras da série, está esperando alguma emissora entrar em contato, interessada em co-produzir e exibir uma temporada completa.

Quando perguntado sobre o que podemos esperar para uma temporada completa de 3%, Jotagá Crema disse que o universo da série é mais complexo do que aparenta pelo piloto. “Conhecer os protagonistas vai ser uma experiência intensa, especial, já que eles terão que se superar nesse ambiente tão duro”, diz.

Ansiosos? A gente da RT também ficou, e nós estamos torcendo por uma temporada inteira de 3%, que promete uma história cheia de mistérios e suspense.

O pessoal de 3% agradeceu as pessoas que estão ajudando na divulgação da série e torcendo para que a temporada completa vire realidade.

Os interessados na série podem entrar em contato através do e-mail serie3porcento@gmail.com ou pelo telefone da Nation Filmes, (11) 2164-3469.

Confira abaixo o episódio piloto de 3%, em três partes.

Se liga que é de graça!

Cansado de ver anúncios de shows e festivais no Brasil e se perguntar como vai arranjar dinheiro pra tanta coisa? Pois então se liga no 15° Cultura Inglesa Festival, porque esse é de graça.

O festival começa dia 27 de maio e vai até 12 de junho, e o mais legal é a diversidade do evento.  São mais de 60 atrações entre exposições, espetáculos culturais, shows e filmes  espalhados por diversos pontos de São Paulo, como o Parque da Independência e casas noturnas da Rua Augusta.

Pra quem gosta de música da terra da Rainha, as principais atrações rolam no dia 29/05, no Parque da Independência. Durante o dia, a banda Cachorro Grande faz uma apresentação em homenagem ao The Who, depois a banda Mockers toca só músicas dos Beatles, e a boa dupla inglesa (e rock de garagem com qualidade) Blood Red Shoes, com Laura-Mary Carter (guitarra/vocal) e  Steven Ansell (bateria/vocal) faz um show com músicas de seus dois álbuns.

Logo depois tem o lindo guitarrista e vocalista Miles Kane. Será o primeiro show de Kane no Brasil com seu trabalho solo (ele é ex-vocalista do Rascals e frontman do Last Shadow Puppets), que tem a participação de Noel Gallagher (que não vem pro show, gente). Por fim, o Gang Of Four é a atração mais aguardada. Ícones do pós-punk, o Gang of Four influenciou muita gente boa, como Franz Ferdinard, Red Hot Chilli Peppers e até os brasileiros do Titãs.

Pela Augusta ainda rola discotecagens de Alan McGee (empresário de bandas como Oasis e  The Libertines),  com direito a bate-papo com a galera sobre o cenário musical britânico. Alan, que assina o blog McGee on Music no The Guardian  vai estar no Studio SP às 15 horas do dia 27/05 para conversar com o público e mais pra noite tocar pra geral.  Já no outro dia, no Beco 203 rola ouvir a playlist de Glen Matlock, simplesmente o baixista original do Sex Pistols.

Ainda tem sessões de cinema especiais com as produções do grupo Monty Pytho (A Vida de Brian deveria ser obrigatório a todo mundo que gosta de filmes),  diversos longas britânicos inéditos, espetáculos como “Ivan e os Cachorros”, workshop de dramaturgia, performances artísticas,  exposições multimídias, enfim, é muita coisa pra aproveitar.

Se você perder essa, depois não adianta culpar a falta de grana hein?! É só preguiça mesmo.


15º Cultura Inglesa Festival 
Data: De 27 de maio a 30 de junho
Programação completa: http://festival.culturainglesasp.com.br/

REDES SOCIAIS
Blog: festival.culturainglesasp.com.br/blog
Twitter: @culturainglesa
Facebook: facebook.com/culturainglesasp
Youtube: youtube.com/culturainglesa


Crie e compartilhe ideias

Conheça o projeto HitRECord e seja um artista você também!


(Fiz esse post em outro blog já faz um tempinho, mas acho que cabe compartilhar aqui na #RT. Portanto este é um post reciclado e adpatado do blog Glamourock)

Fuça aqui, descobre ali. Vez ou outra você encontra coisas realmente interessantes nesse mundo da internet.

Tempos atrás estava fuçando alguns vídeos no Youtube, mais precisamente vídeos de entrevistas, quando me deparo com uma entrevista do ator Joseph Gordon-Levitt (500 Dias Com Ela,  A Origem e o indie ainda não lançado Hesher).

Assistindo à entrevista descobri que Gordon possui, em parceria com outros amigos, um projeto chamado HitRECord, que basicamente é uma produtora de artes independente que funciona de forma colaborativa. Basta fazer o cadastro no site, que não pede nada mais do que nome, senha e email (sim, eu fiz meu cadastro), e então você pode colaborar com o que achar melhor. Poesias, scripts, fotografias, músicas, qualquer coisa. Você pode criar seu próprio projeto ou sair opinando e dando sugestões aos projetos que já estão no site. Pode compor uma trilha sonora para um curta, ajudar na construção de um roteiro, criar estampas de camisetas, capas de cd. Você pode baixar uma música do site e fazer uma nova versão, por exemplo, e depois compartilhar por lá mesmo. O lance é criar arte e compartilhar.

A ideia é realmente muito interessante porque uma simples coisa pode tomar grandes proporções. Uma palavra que você RECORD em seu perfil pode se tornar o título de um curta-metragem de alguém. Aquele seu desenho bobo que você fez enquanto estava entediado em uma aula pode virar um quadro pintado por uma pessoa de qualquer lugar do mundo, sim porque o site tem conquistado usuários de diversos países.

O hitRECorg.org foi inaugurado em janeiro de 2010, mas já era um projeto de Gordon há alguns anos. Agora, porém, a produtora tem uma equipe com direito a designer, produtor, fotógrafo,  músico, diretor, entre outros artistas que estão apostando na ideia.

E aí você se pergunta: mas e se criarem uma obra tão boa e interessante que acabe gerando lucro? Simples, todos os envolvidos recebem sua parte. Vi um cara no site totalmente surpreso porque recebeu em sua casa um cheque no valor de cento e poucos dólares por uma música que criou.

Com ou sem lucro, se você gosta de criar ou pelo menos descobrir coisas novas ligadas ao mundo das artes, vai se interessar pelo hitRECord.org.

Abaixo, algumas artes criadas por usuários do site. Vale uma espiada.

Blot

Flag of Cranes

HevnUrth

Monocromaticamente falando…

Helga Steppan e seu caos organizado de uma só cor

Essa vai para quem gosta de fotografia e de idéias simples e interessantes. Daquelas que você para e pensa “como eu não pensei nisso antes”?

Uma artista sueca que atende pelo nome de Helga Steppan teve a idéia que você gostaria de ter tido. Ela “organizou uma bagunça” com todos os seus objetos, separando-os por cores, e criou as fotografias que fazer parte da sua série, “See Through” (“ver através”, em inglês). O resultado é bem interessante, embora eu ache que a separação tenha dado muito trabalho à artista.

Clique nas imagens para ampliar.

Wonder Woody

Em seu mundo dramático e singular, Woody Allen abre espaço para o jazz


Quem gosta de cinema sabe que o diretor Woody Allen traz em seus filmes características que o fazem sustentar o título de especialista em neuroses. As histórias de Allen, mesmo as com tom de comédia, sempre trazem figuras problemáticas, desiludidas, neuróticas em seus mais variados assuntos e que são exploradas pelo diretor a fim de mostrar toda a imperfeição humana que nos é tão típica.

Em seu último filme, You Will Meet a Tall Dark Stranger (Você Vai Encontrar o Homem dos Seus Sonhos), Allen expôs suas críticas ao meios artísticos,  e aos relacionamentos superficiais. Mostrou que os homens também sofrem com crises de idade, e nem sempre levam o envelhecer numa boa. Apontou a pressão sobre às mulheres para constituírem uma família e o quanto a idade sempre será a eterna inimiga do universo feminino. Agora, em mais uma comédia-romântica-dramática, Midnight in Paris, a ideia do diretor é abordar a ilusão que as pessoas têm de que se levassem uma vida diferente, ela seria melhor.

O filme que estreia dia 11 de maio traz no elenco Owen Wilson, Rachel McAdams, Marion Cotillard, Michael Sheen, e a tão comentada participação da primeira-dama francesa, Carla Bruni. A história sai do universo novaiorquino, o preferido de Allen, e explora a beleza de Paris enquanto mostra o casal vivido por Owen Wilson e Rachel McAdams curtindo novas experiências e sensações oferecidas pela cidade.

 

Cartaz do filme Midnight in Paris inspirado no quadro A Noite Estrelada, de Van Gogh.

Mas é de volta à realidade de Nova York que Woody Allen ensaia seu jazz diariamente, e se apresenta até 07 de junho, toda segunda-feira no café do Hotel Carlyle, junto com sua banda The Eddie Davis New Orleans Jazz Band. O cineasta é responsável pelo som do clarinete nas apresentações, e quem já viu o show garante que Allen não é um músico de talento extraordinário, mas gosta do que faz. A banda é formada por Allen e mais seis músicos considerados do primeiro escalão do jazz americano. O som é nostálgico e quando incrementado pelo banjo chega a ser bem humorado. A sensação é de que você está ouvindo uma trilha sonora de filmes das décadas de 20 a 40.

A paixão de Woody Allen por música não é novidade, nem mesmo suas apresentações no Café Carlyle. Em seu escritório, o diretor mantém uma vasta coleção de discos de jazz, e em entrevista ao The Guardian garante que sua mulher odeia o som de seu instrumento. Aliás,  seu casamento poderia facilmente ser tema de um de seus filmes: Soon- Yi, com quem está casado há quase 20 anos é filha adotiva de Mia Farrow, ex-mulher de Allen, e portanto irmã de seus três filhos com a atriz. Junte a isso o fato de Allen ter 75 anos e Soon 40. Uma história bem Woody Allen.

Semana passada a banda fez um show durante a inauguração do Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Astúrias, norte da Espanha. O lugar é um complexo de quatro prédios criados por Niemeyer e que funcionarão como cinema, teatro, restaurante, museu… é a maior construção do brasileiro na Europa. A banda de Allen tocou para cerca de 15 mil pessoas no espaço que funcionará o cinema.

Em Roma, quando tocou próximo a Basílica de São Pedro para ajudar na arrecadação de doações para um hospital infantil, Allen declarou: “Amamos tocar jazz e sempre ficamos empolgados quando alguém vem nos ouvir. Encantados e surpresos, na verdade”.

Se Woody Allen é melhor como cineasta do que como músico, isso pouco importa. Importante mesmo é apreciar um artista único em suas diferentes facetas, mesmo que todas elas carreguem seu eu pessoalmente dramático. Não agradar a todos é sempre uma possibilidade, afinal segundo o próprio Allen ” Na vida temos muitas desilusões. A vida é cruel”.

 

 

Informações:

Site da banda http://www.woodyallenband.com/

Apresentações no Hotel Carlyle em NY: 35 East 76th Street (Rua 76 com a Madison). Preços: General seating, $110 per person; VIP seating, $165 per person; Bar seating, $85 + $25 drink minimum per person. Dinner required.

Pra assistir: O documentário Wild Man Blues, de Barbara Kopple mostra o lado musical de Woody Allen, sua banda e um pouco de seus relacionamentos conturbados.

 

 

 

Uma nova “empeitada”

Fotógrafo americano lança livro com imagens de seios em 3D

Soraia Alves

Que tal ir a uma livraria e sair com um livro sobre peitos? Não, não se trata de comprar uma revista Playboy, mas um livro de 86 páginas, capa dura, e com direito a um óculos 3D. Graças ao fotógrafo americano Henry Hargreaves, os interessados já podem comemorar e se preparar para a compra dos sonhos.

Lançado no final do mês de novembro, 3DD: A 3-D Celebration Of Breasts reúne fotos tiradas por Henry ao longo de sua carreira. Modelos, amigas e conhecidas foram clicadas pelo fotógrafo, sempre com os rostos escondidos, afinal o foco do projeto não é saber quem são aquelas mulheres, e sim o qual belas são as mulheres reais. Seios naturais, mulheres com corpos e formas diferentes, singulares, todas clicadas com a mesma sensualidade e a mesma beleza de qualquer superstar. O lançamento aconteceu na livraria nova-iorquina Bookmarc, cujo dono é ninguém menos que Marc Jacobs.

No site do livro, o autor tenta explicar um pouco de suas ideias e o que o levou a editar um livro com esse tema, e termina dizendo: “mas tudo isso seria complicar algo que pode ser dito em quatro palavras – Peitos em 3-D. Divirta-se!”. O site ainda traz um blog, um tipo de marketing do livro que mostra propagandas do material, veículos de comunicação que abordaram seu lançamento, e claro, mais peitos.

No Brasil, o livro ainda não chegou às livrarias, mas pode ser adquirido através do site Amazon.com. Aos interessados, sigam as instruções do autor: Divirtam-se!

Descoberta misteriosa traz à tona 270 novas obras de Picasso

São obras pintadas na primeira metade do século passado e cujo valor é de cerca de 60.000.000 €

Janaína Ferraz

Pablo Picasso. Imagem de arquivo tirada em Cannes no ano de 1957

Em 14 de Janeiro deste ano, Claude Picasso, filho do pintor Pablo Picasso e administrador de seus bens, recebeu uma carta que lhe chamou a atenção. Um certo Pierre Guennec pediu um certificado de autenticidade, de 26 trabalhos inéditos de Picasso e fotos que possuem uma qualidade não muito boa. Em 30 de abril, o filho do pintor recebeu um novo lote de fotografias e outros textos garantindo que eles eram obras de Picasso. Claude Picasso, intrigado com a revelação, fez contato com Guennec, que chegou a Paris em setembro, com sua esposa e uma mala. O filho do artista e especialistas de arte descobriram até 271 trabalhos inéditos do autor, no valor de € 60.000.000 que estão em posse de Pierre Guennec.

Guennec disse que as obras são desenhos, colagens, retratos, pinturas e esboços e que foram presentes do pintor. Ele acrescentou que durante os últimos três anos da vida de Picasso (falecido em 1973) tinha trabalhado para ele como eletricista e que havia até instalado alarmes em sua casa.

Segundo a família Picasso, é impossível que o artista tenha doado uma quantidade tão grande de suas obras, muitas sem data, outras até mesmo inacabadas. “É verdade que Pablo Picasso foi bastante generoso. Mas, todas sua doações eram datadas e assinadas”, assegurou Claude Picasso.

Até agora, a polícia tem se esforçado para desvendar o caso do tesouro da família Picasso. Enquanto isso, o eletricista e sua esposa estão preparando uma batalha judicial contra os herdeiros do pintor.

The Kiss (O Beijo) de Pablo Picasso

Quando perguntado o porquê de Guennec ter esperado tanto tempo para trazer à tona estas obras, o advogado dos herdeiros de Picasso arriscou um palpite: “Para evitar a prisão” e acrescentou a respeito do processo; “Primeiro de tudo, temos de recuperar essas obras para a história da arte, depois pensamos em valores particulares”.

Arte e Tecnologia… Uma aliança interessante!

 

Artista expõe desenhos digitais feitos em iPhone e iPad

 

Lucas Esteves

A Fundação Pierre Bergé – Yves Saint Laurent, em Paris, está recebendo uma exposição dos desenhos de David Hockney. Você deve estar pensando “ok, estou culturalmente mais informado, mas e daí?”.

Bom, e daí que os desenhos de David Hockney não são como quaisquer outros desenhos, são desenhos feitos nas telas do seu iPhone e iPad. A idéia de se pintar na tela de um iPhone ou iPad pode até parecer maluca, mas é possível. Hockney usa um aplicativo de desenhos chamado Brushes app, que o permite criar suas pinturas digitais.

Desenhos feitos em iPhone e iPad por David Hockney.

Mas a criatividade do artista não para por aí. Ele ainda contou que até suas roupas têm um tipo de bolso especial para o seu iPad. Originalmente, os bolsos especiais nas roupas eram feitos para carregar cadernos de desenhos, agora ele usa seu iPad. Segundo Hockney, até mesmo seu smoking tem o tal bolso para iPads.

Hoje, com um iPhone na mão – e, claro, dinheiro para comprar os aplicativos da loja online da Apple – você faz de tudo. Existem aplicativos para toda a sorte de funções. Só a título de exemplificação, um dos aplicativos já desenvolvidos para o aparelho pode ser “calibrado” para anular todos os sons externos do ambiente ao redor do usuário, melhorando assim a experiência de se ouvir músicas no iPhone ou iPad.

Por enquanto, a gente que não tem nem iPod, nem iPhone, nem iPad só ficar babando nas façanhas de quem tem.

Tim Burton, você e o markenting

Diretor convoca twitteiros para ajuderem em seu novo conto.

Soraia Alves


Tim Burton, um dos principais diretores de cinema do cenário atual, pediu ajuda aos twitteiros criativos de plantão. Burton propôs que os internautas o ajudem a escrever seu novo conto, Cadavre Exquis através de twittadas que são selecionadas. Assim, de ideias aleatórias ao redor do mundo vai se formando a história que tem como personagem principal Stainboy.

A frase lançada por Tim e que deu início ao conto dizia: “Stainboy, usando sua perícia óbvia, foi chamado para investigar uma gosma brilhante no chão da galeria”. Até agora, 9 tweets já foram selecionados como continuação da história, e as ideias podem ser enviadas até o dia 6 de dezembro, sempre utilizando a hastag #BurtonStory como identificação. Para acompanhar todo o processo da construção do novo conto de Tim Burton, fique ligado no site http://burtonstory.com.

Toda essa mobilização via internet faz parte da campanha de divulgação de uma exposição de obras de Tim Burton, que agora vai para Toronto, depois de ter passado pelo MoMA (Museu de Arte Moderna) de Nova York e ter recebido o terceiro maior público da história do museu. Com mais de 700 itens que vão de desenhos e pinturas a figurinos usados em seus longas, Burton é o primeiro diretor de cinema a ganhar destaque no MoMa.

O Centro Cultural Banco do Brasil se interessou pela mostra de Burton, e está em negociação para trazê-la ao país. Esperemos.